Empirismo e Racionalismo
Exercícios
1.
(UEL-PR) Tendo por base o método cartesiano da dúvida, é correto afirmar
que:
a) Este método visa a remover os preconceitos e opiniões
preconcebidas e encontrar uma verdade indubitável.
b) Ao engendrar a dúvida hiperbólica, o objetivo de Descartes
era provar que suas antigas opiniões, submetidas ao escrutínio da dúvida, eram
verdadeiras.
c) A dúvida hiperbólica
é engendrada por Descartes para mostrar que não podemos rejeitar como falso o
que é apenas dubitável.
d) Só podemos dar
assentimento às opiniões respaldadas pela tradição.
e) A dúvida metódica surge, no espírito humano,
involuntariamente.
2.
(UEL-PR) É amplamente conhecido, na
história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento, até
encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição
do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o
orientará na busca de novas verdades.
A regra geral que orientará Descartes na busca de novas
verdades é
a) a possibilidade do mundo externo.
b) a possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) a clareza e distinção.
d) a certeza dos juízos matemáticos.
e) a idéia de que corpo e alma são entidades distintas.
3.
(UEL-PR)
Leia o texto a seguir:
Certamente, temos aqui ao menos uma proposição bem
inteligível, senão uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjunção
constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez,
unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do
outro. Parece que esta hipótese é a única que explica a dificuldade que temos
de, em mil casos, tirar uma conclusão que não somos capazes de tirar de um só
caso, que não discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razão não é capaz de
semelhante variação. As conclusões tiradas por ela, ao considerar um círculo,
são as mesmas que formaria examinando todos os círculos do universo. Mas
ninguém, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado
por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de
receberem impulso igual. Portanto, todas as inferências tiradas da experiência
são efeitos do costume e não do raciocínio.
(HUME, D. Investigação acerca do
entendimento humano. tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural,
1999. pp. 61-62.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de
David Hume, é correto afirmar:
a) A razão, para Hume,
é incapaz de demonstrar proposições matemáticas, como, por exemplo, uma
proposição da geometria acerca de um círculo.
b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemático ou
experimental, é obtido mediante o uso da razão, e pode ser justificado com base
nas operações do raciocínio.
c) É necessário examinar um grande número de círculos, de
acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a área de um círculo
qualquer é igual a π multiplicado pelo quadrado do raio desse círculo.
d) Hume pode ser classificado como um filósofo cético, no
sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de
conhecimento com base na razão.
e) Segundo Hume, somente o costume, e não a razão, pode ser
apontado como sendo o responsável pelas conclusões acerca da relação de causa e
efeito, às quais as pessoas chegam com base na experiência.
4.
(UEL-PR) Leia o seguinte texto de
Descartes:
[...] considerei em geral o que é necessário a uma
proposição para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma
proposição que eu sabia sê-lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente
em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada há no “penso, logo
existo” que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente
que, para pensar, é preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as
coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras. (DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza
Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo:
Ática, 1989. p. 57.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento
cartesiano, é correto afirmar:
a) Para Descartes, a
proposição “penso, logo existo” não pode ser considerada como uma proposição
indubitavelmente verdadeira.
b) Embora seja verdadeira, a proposição “penso, logo existo” é
uma tautologia inútil no contexto da filosofia cartesiana.
c) Tomando como base a proposição "penso, logo
existo", Descartes conclui que o que é necessário para que uma proposição
qualquer seja verdadeira é que ela enuncie algo que possa ser concebido clara e
distintamente.
d) Descartes é um filósofo cético, uma vez que afirma que não
é possível se ter certeza sobre a verdade de qualquer proposição.
e) Tomando como exemplo a proposição "penso, logo
existo", Descartes conclui que uma proposição qualquer só pode ser
considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base na
experiência.
5.
(UEL-PR) “Embora nosso pensamento
pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame
mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito
reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de
combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram
fornecidos pelos sentidos e pela experiência.” (HUME,
David. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de Anoar Aiex.
São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 36. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume:
a) Os sentidos e a experiência estão confinados dentro de
limites muito reduzidos.
b) Todo conhecimento depende dos materiais fornecidos pelos
sentidos e pela experiência.
c) O espírito pode conhecer as coisas sem a colaboração dos
sentidos e da experiência.
d) A possibilidade de conhecimento é determinada pela liberdade
ilimitada do pensamento.
e) Para formar as idéias, o pensamento descarta os materiais
fornecidos pelos sentidos.
6.
(UEL – PR) “Para Hume,
portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em
nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do
hábito acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo
existente. É nesse sentido que pode ser dito que a causalidade é uma forma
nossa de perceber o real, uma idéia derivada da reflexão sobre as operações de
nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma
característica do mundo natural.”
(MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1997. p. 183.)
De acordo com o texto e os conhecimentos
sobre causalidade em Hume, é correto afirmar:
a) A experiência prova
que a causalidade é uma característica do mundo natural.
b) O conhecimento das relações de causa e efeito decorre da
experiência e do hábito.
c) A simples observação de um fenômeno possibilita a
inferência de suas causas e efeitos.
d) É impossível obter conhecimento sobre a relação de causa e
efeito entre os fenômenos.
e) O conhecimento sobre as relações de causa e efeito
independe da experiência.
7.
(PUC – RS) A ciência
moderna nasce no século XVII associada aos nomes de John Locke, com o Ensaio
sobre o entendimento do homem, que relaciona o conhecimento à observação e
experimentação do mundo através dos sentidos, e René Descartes, com o Discurso
do Método, que entende o conhecimento como fruto de um processo de busca da
verdade por meio da razão e pela dúvida metódica, até encontrar-se uma certeza
(axioma) que sirva de base para a explicação dos fenômenos. Esses dois
cientistas estão ligados, respectivamente, à elaboração dos métodos:
a) Empirista e racionalista
b) Racionalista e idealista
c) Fenomenológico e racionalista
d) Cognitivista e construtivista
e) Empirista e estruturalista
8.
Podemos definir o
ceticismo como:
a) Corrente filosófica que defende a possibilidade do
conhecimento.
b) Corrente filosófica que acredita ser possível o
conhecimento por meio de uma postura ética.
c) Doutrina filosófica que acredita que conhecemos apenas a
aparência das coisas, nunca a sua essência.
d) Doutrina filosófica que tem John Locke como seu principal
representante.
e) Doutrina filosófica cuja tese é a impossibilidade de
obtermos o conhecimento.
9.
Podemos dizer que o
racionalismo é:
a) Doutrina filosófica que acredita que a água é o ingrediente
básico do universo.
b) Corrente filosófica que defende a idéia de que o
conhecimento é originado das nossas experiências sensoriais (dos sentidos).
c) Corrente filosófica que acredita que a origem do
conhecimento é a fé.
d) doutrina filosófica que acredita que a razão é a base do
conhecimento.
e) Corrente filosófica que acredita que a origem do conhecimento
é a emoção.
10.
A origem do conhecimento para os empiristas
era:
a) a emoção
b) a intuição
c) a razão
d) a experiência
e) o estudo
Gabarito:
1 A
2 C
3 E
4 C
5 B
6 B
7 A
8 E
9 D
10 D
JamillyFirmino santos
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