Podemos atingir o conhecimento verdadeiro?
Dogmatismo:
SIM, o homem é capaz de conhecer.
Ceticismo:
NÃO, o homem não é capaz de conhecer.
Qual a fonte do conhecimento?
RACIONALISTAS: RAZÃO
EMPIRISTAS: EXPERIÊNCIA SENSÍVEL (SENTIDOS)
Principais racionalistas: Descartes, Espinosa, Leibniz
1 Descartes (Filósofo e Matemático)
-
Busca um conhecimento verdadeiro, seguro, indubitável, inquestionável.
-
Dúvida Metódica: ??? Utiliza a dúvida como método para chegar ao conhecimento verdadeiro, ....
- “Cogito
ergo sum” – “Penso, logo existo”, ou seja, se penso, duvido, existo e sou um
ser pensante.
-
Dualismo corpo (extensão: largura, comprimento, profundidade) x alma
(pensamento).
-
DEUS: substância infinita que tudo criou e não foi criada.
-
Ideias inatas: aquelas ideias que a pessoa já nasce com elas.
“(...)
quando começo a descobri-las, não me parece aprender nada de novo, mas recordar
o que já sabia. Quero dizer: apercebo-me de coisas que estavam já no meu
espírito, ainda que não tivesse pensado nelas. E, o que é mais notável, é que
eu encontro em mim uma infinidade de ideias de certas coisas que não podem ser
consideradas um puro nada. Ainda que não tenham talvez existência fora do meu
pensamento elas não são inventadas por mim. Embora tenha liberdade de as pensar
ou não, elas têm uma natureza verdadeira e imutável.”
Méditations Métaphysiques, “Méditation cinquième”, p. 97-99.
Quais
são essas ideias inatas??? Os conceitos matemáticos e a ideia de Deus.
“A primeira e a principal [das ideias inatas] é que há um Deus de quem todas as
coisas dependem, cujas perfeições são infinitas, cujo poder é imenso, cujos
decretos são infalíveis...” (texto
dirigido à princesa Elisabeth, 1645)
- Os
sentidos são enganosos.
-
Visão mecanicista do mundo: tudo pode ser analisado com base na extensão.
2. Espinosa (1632-1677)
-
Racionalista radical
-
Universo regido por leis geométricas necessárias, fixas e imutáveis. Nada
existe por acaso.
NECESSÁRIO:
aquilo que não pode ser de outro modo.
-
Substância: aquilo que existe por si mesmo: Deus (causa sui).
“Por
substância compreendo tudo aquilo que existe em si mesmo e que por si mesmo é
concebido, isto é, aquilo cujo conceito não exige o conceito de outra coisa do
qual deva ser formado. [...]
Por
Deus compreendo um ente absolutamente infinito, isto é, uma substância que
consiste de infinitos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e
infinita.” SPINOZA, Benedictus de. Ética. Trad. Tomaz Tadeu. Belo
Horizonte: Autêntica, 2009, (p.13)
-
Todas as coisas existentes são manifestações de Deus. Ele é imanente.
Concepção panteísta.
-
Deus e natureza são uma coisa só.
-
Não há dualismo corpo e alma, uma vez que o corpo é tão divino quanto a alma.
-
Conhecimento perfeito: apreensão da ordem imutável da natureza pela razão.
-
Não há livre-arbítrio, pois a vontade humana é influenciada por algo, que
desconhece. - Não há
livre-arbítrio, pois a vontade humana é influenciada por algo, que desconhece. Todo
ser humano é afetado por forças externas. Alguns afetos causam alegria, promovendo
o poder de vida e outros causam tristeza, diminuindo a potência de viver.
- Todos
buscamos a preservação e ampliação. Essa potência positiva de afirmação da vida
e da ampliação das possibilidades, Espinosa chamou de conatus. De modo que devemos estimular os afetos que ampliem o
conatus e frear os que o diminuem.
- Liberdade
é o conhecimento da causa essencial do ser humano e o virtuoso se esforçaria
preservar e ampliar sua potência de vida sob a condução da razão.
⇘ Complemente seus estudos com o vídeo:⇘
3 Leibniz (1646-1716, Filósofo e Matemático)
-
Defendia que existe algum tipo de ordem no mundo, além da ordem necessária da
geometria.
- Existem
as verdades da razão que são
necessárias, ou seja, não podem ser diferentes. Quadrado de quatro lados.
- Princípio de contradição: uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo.
- Princípio de contradição: uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo.
- E
existem as verdades de fato, não
necessárias e que explicam a realidade mundana, as quais são explicadas pela
razão suficiente, cada coisa tem uma razão, um motivo para ser o que é.
- Deus
é a suprema perfeição e nada poderá igualar-se a ele. Por isso, o mundo
existente é o melhor mundo possível, dentre outros imperfeitos que Deus poderia
escolher.
-
Afastou-se do determinismo radical, onde nem o ser humano seria livre,
acreditando que o homem é relativamente livre para fazer as próprias escolhas,
embora essas escolhas façam parte de uma ordem preestabelecida por Deus na
criação do mundo.
-
Tudo o que existe é constituído por mônadas, unidades simples, substâncias
simples, as quais são independentes e assumem formas diferentes, possibilitando
a existência do mundo.
Ex.:
alma=uma mônada, corpo humano=diversas mônadas.
⇘Complemente seus conhecimentos com os vídeos abaixo:⇘
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