Filme o Milagre de Anne Sullivan

Por que Anne Sullivan não desistiu de Helen Keller?



Helen Keller nasceu com um enorme desafio: viver sem ver a luz e sem ouvir um único som.
Quem pode acreditar que alguém assim é capaz de aprender?

Sabemos quão difícil é ensinar alunos que possuem suas faculdades sensoriais perfeitas, imagine ensinar quem não as tem.

Este talvez seja um precioso exemplo do que se trata aprender. Sem uma mente ativa, sedenta por conhecimento, em vigilância pelo saber - nunca haverá aprendizagem. Não são os sentidos que ensinam, eles captam - mas eles não podem interpretar, conectar, identificar padrões, inferir...isso só a nossa mente pode fazer.

Na verdade, esses mesmos sentidos devem ser governados pelo inteligência e por nosso querer. Quem se deixa governar pelas sensações, não vive de forma plena sua natureza racional.

Então para Helen Keller, que não possuía na mente qualquer dano, era preciso apenas captar. Apenas. Se não fosse o fato de que não poderia fazê-lo nem pela visão e nem pela audição. Sobrava-lhe o paladar e o tato.

Após algumas tentativas frustradas, empreendidas pela família, Anne Sullivan apareceu na vida de Helen. Anne encontrou uma menina rebelde, descontrolada e sem limites. Teve de domá-la para ensina-la a única forma de aprender qualquer coisa - a linguagem. Para tanto, ensinou a linguagem de sinais pelo tato.

Helen chegou a lugares inimagináveis para sua condição, se graduando e aprendendo, inclusive, outros idiomas. Mostrou ao mundo que aprender tem tudo a ver com esforço, com o espírito vivo, com a mente ativa e a vontade.

Mas ela não o teria conseguido sem a mentora que teve. Anne Sullivan não desistiu de Helen por um motivo muito simples: ela mesma havia vivido a experiência da cegueira e portava baixa visão. Sabia o que era ser rejeitada por uma doença física e também o que era desejar profundamente aprender.

Ela lutou por Helen como gostaria que lutassem por ela. Isso é a verdadeira empatia, tão belamente propagada e tão pouco vivida.

Anne Sullivan tinha consciência de que só o conhecimento poderia libertar Helen Keller, não do escuro e do silêncio- mas da solidão.

Fonte do texto: @educaethos

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